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Ondas de calor podem frustrar economia de energia com horário de verão

Ondas de calor podem frustrar economia de energia com horário de verão

Com o propósito de reduzir o consumo de energia elétrica, o horário de verão – inventando antes até mesmo da própria energia elétrica, em 1784 por Benjamin Franklin, nos Estados Unidos – no Brasil, e logo em 2015, com El Niño a todo vapor impactando o país, o “tiro pode sair pela culatra”, literalmente.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o horário de verão tem como objetivo principal a redução da demanda máxima do Sistema Interligado Nacional (SIN) no período de ponta.
Isso é possível, pelo fato da parcela de carga referente à iluminação ser acionada mais tarde, que normalmente o seria, motivada pelo adiantamento do horário brasileiro em uma hora.

O efeito provocado é de não haver a coincidência da entrada da iluminação, com o consumo existente ao longo do dia do comércio e da indústria, cujo montante se reduz após às 18 horas.

No que depender até mesmo do comércio e da indústria, descontando a massa populacional brasileira, (consumidores residenciais), em 2015, uma hora economizada, ou seja, a mais de iluminação gratuita do Sol, pode ter efeito totalmente contrário ao doce desejo do governo, já bastante encurralado pela incapacidade de investimento no setor energético nos últimos anos.

As termelétricas precisaram ser acionadas, pois o próprio governo motivou a população em comprar mais, adquirir mais produtos elétricos e principalmente de refrigeração, com aparelhos de ar condicionado, que, segundo o próprio governo, apresentou aumento de vendas de até 600% desde que a tarifa do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi diminuída.

Ou seja, o próprio governo que deu de presente geladeiras, fogões, máquinas de lavar e aparelhos de ar condicionado aos brasileiros, notoriamente, melhorando a qualidade de vida de todos, não investiu no mesmo ritmo em energia elétrica e o gargalo da falta de investimento surgiu recentemente com mais uma tarifa para os comtemplados pagarem, a “bandeira tarifária”.
Notória é a percepção da falta e irregularidade de chuva nas principais regiões que geram energia elétrica para o país, mas justamente um governo que tanto fez para gerar renda e qualidade de vida aos seus filhos, hoje atribui, exclusivamente, à falta de chuva pela atual crise energética.

Falta água nos reservatórios, as termelétricas estão acionadas e a população faz a sua parte pagando mais e mais impostos. Mesmo assim, a segurança energética será testada agora, com o início do horário de verão.

O governo brasileiro estima economizar cerca de R$ 7 bilhões até 21 de fevereiro de 2016. O valor é o mesmo que precisaria ser aplicado caso o ajuste nos ponteiros não fosse feito.
As atuais, persistentes e abrangentes ondas de calor, cujas temperaturas observadas nas últimas semanas saltaram além dos 40°C em vários municípios, onde nunca a marca havia sido registrada até então, já provocaram um aumento da demanda de consumo de energia e picos de consumo, por volta das 15 horas, cada vez maiores.
Com o horário de verão e a previsão de novas e mais intensas ondas de calor, devido ao fenômeno El Niño, ao final das contas, a redução de 4,5% esperada pelo governo pode não surtir o efeito desejado, haja vista que com uma hora a mais de Sol, logo de calor, o consumo para refrigerar o comércio, a indústria e as residências brasileiras é muito além do que manter luzes acesas. E justamente as regiões mais quentes é que entram para o horário de verão, Centro-Oeste e Sudeste, com exceção do Sul, que deve ter temperatura mais próxima da média até dezembro, segundo previsão climática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O portal De Olho No Tempo Meteorologia não realiza previsão de tempo ou expede aviso meteorológico. Para tal conteúdo acesse os órgãos oficiais de meteorologia no Brasil, Cptec/Inpe ou Inmet.

Em situação de risco eminente em sua região contate a Defesa Civil pelo telefone 199.

Fonte: portal De Olho No Tempo Meteorologia, 17/10/2015
http://www.deolhonotempo.com.br/index.php/nacional/2978-ondas-de-calor-podem-frustrar-economia-de-energia-com-horario-de-verao

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